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A possível realidade me alucina lentamente, construindo uma tristeza mansa.

sexta-feira, 19 de agosto de 2011



O seu sorriso de lado, seu sabor. Ela sentia o jato subindo e descendo. Era automático, o controle não existia e nunca havia de existir em situações como aquelas. Vivenciava as linhas, os traços e braços. O arfar de um segundo após o outro. As palavras pouco lhe importavam. A linguagem corporal, o cheiro, a essência. Era tudo mais leve, puro e encantador. E de tanto susto, o medo cansou. Viveu, entregou-se. Viveu, respirou-o. Apenas viveu. Suas pernas balançavam trêmulas como árvores ao vento. O vento presente, vento inexistente, mas presente. Era difícil, mas estava perfeito. E por um instante, o mundo poderia parar, o mundo poderia acabar. Porém, morreria com sua eterna felicidade.

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