
Mas eu não sei de nada. Não sei a forma correta de agir, muito menos escrever de uma forma menos particular. Só sei que não entendo como não posso saber. Sinto, pareço só sentir a adrenalina longínqua e seu sabor gélido e viciante, nos fazendo mal até a última gota de verdade. Ignorar. Sentir a inutilidade te apontando a setinha vermelha como se falasse: "é você, é você." Fuja, pode fugir. Não temos nada a pagar, não pagamos por nossos pecados ou por más ações, como dizem por ai. A justiça nem se quer aparece pela janela, fica por baixo dos panos da hipocrisia e nós acobertamos. Assim como o amor. Nós o escondemos. A culpa é sua, minha, nossa. Sou extremamente ligada ao que não surge, não pode, não deve. Ao simples abandono empoeirado no lado esquerdo do banco da praça onde todos rejeitam. Sou sim a mais sensível e insuportavelmente malvada. Perversa e medíocre, não mais medíocre que os outros. Os outros são eles, não sei seus erros, nem sei ao menos quem são os outros. Ninguém existe - apenas eu - apenas meu mundo. Assim como também não existo no outro mundo. E de repente, como se encarnasse inesperadamente algo desconhecido, sinto cheiro do ovo quente. Fome.
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