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A possível realidade me alucina lentamente, construindo uma tristeza mansa.

sábado, 11 de junho de 2011

Vésperas de apenas um dia.


Sempre tive a sorte de me entregar completamente as pessoas e nunca receber o amor de volta. Em plena véspera do dias dos namorados e eu aqui, com minhas velhas palavras em relação ao amor. Não sei, simplesmente não sei o que será de mim nesse dia tão simples, mas ao mesmo tempo tão revelador. Provavelmente, estarei como agora, em meu castelo destruído no meu conto de fadas interminável, escrevendo sobre os relacionamentos e seus desastres, e o quanto cada ínfima parte de mim, sente uma ponta de inveja daqueles que podem aproveitar carinhosamente a gostosa presença de alguém ao seu lado, em um domingo que será mais um domingo tedioso para pessoas melancólicas e solitárias como eu. Pronto, respirei e estou mais calma.
Dizer que o problema está no seu romantismo, ou que a hora certa irá chegar. Isso tudo me tira do sério de uma forma absurda. Agora o que resta ás solteiras desiludidas, são os consolos do bom e sempre bem-vindo filme romântico e o chocolate caseiro queimado ao fundo da panela. O travesseiro fazendo papel de gente, a ausência do calor de um abraço humano, a falta, a saudade vinda em lágrimas de algo que nunca aconteceu, de algo que pode até não ser realizado, todas essas tristezas inventadas por alguém, sobram para mulheres imensuravelmente apaixonadas como eu.

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