
Uma angústia de repente.O cansaço de viver no nada, sem o tudo, ou ao menos o pouco do tudo, mas possuo a simples ausência.Algumas pessoas acreditam que o dia certo irá chegar, mais não ouço calunias, não ouço a incerteza.Prefiro iludir me com consciência de que nada é real, de que nada tornara-se real.É menos sofredor pensar que é o destino de cada um - bem, estou mentindo - sinto um aperto profundo na garganta ao pensar dessa forma, que a solidão sempre será minha companheira a noite ou pensar que nunca amarei sendo amada.Seguro as lágrimas - fazia um bom tempo que não chorava - pra falar a verdade, ainda faz.Nenhuma lágrima caiu, sinto que cairão, só irei esperar entardecer para encharcar meu travesseiro com gostas de aflição.
Ás vezes acho que está tudo voltando, que os medos antigos voltaram a me aterrorizar.Um filme romântico cairia bem, mas existe algo que quero deixar escapar, mais não consigo, não posso.Seria sobre afeto, seria sobre alguém - só que o silêncio talvez seja a melhor opção.
Cheguei ao ponto extremo, me sinto um tanto quanto sufocada ao lembrar-me do nada que existe ao lado do sofá, ao cheirar minha blusa e sentir o meu próprio perfume.Não é questão de carência, porque não quero qualquer pessoa, quero esta, apenas esta.Não posso está apaixonada por um coração que já possui uma moradia, isso é crime, é a evidente prova do masoquismo.
Então hoje a noite, entrarei na bolha ilusória, alimentando-me como uma criança ingenua, com sonhos impossíveis.
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