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A possível realidade me alucina lentamente, construindo uma tristeza mansa.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Sou de 1890




Minto por cansaço, escolho o silêncio para evitar a verdade, evito o passado para não assombrar o presente, evito o futuro, pra não sofrer as consequências.Hoje sou assim, sou assim como antes, como o antes que não existiu...
Sou como uma caixinha de 1890, esquecida no porão, completamente esquecida, dominada pela poeira e convivendo com histórias que viraram passado dentro de mim.
Não sou o que quero ser, sou quem devo ser.Quero o que não posso ter, fico aqui até que venha a mim.Hoje eu mudei, sou diferente de ontem, sinto isso aqui.Enfim me defino como uma masoquista inconsequente, em busca da verdade.Sinto profundamente em mim,um :nada! me sinto mofando por dentro, desbotada por fora, uma caixa de 1890, vazia, sem um grande valor, me sinto assim.. apenas por ter perdido algo que nunca existiu, mais que significava muito pra mim... e eu falo do amor.

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